Missão do Sefras
Promover ações e atitudes de solidariedade com os empobrecidos e excluídos, contribuindo para a transformação social à luz do modo franciscano de viver e anunciar o evangelho.
O Sefras
Esta organização dá origem ao Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade). Um serviço que, para além de responder às “necessidades institucionais”, é expressão da presença solidária entre os mais pobres e desvalidos.
A partir 2009, com a aprovação da lei 12.101, que regulamenta o trabalho filantrópico no Brasil, os franciscanos, no cumprimento desta vigência, desmembraram da instituição religiosa os trabalhos do Sefras e organizaram uma nova personalidade jurídica para dar continuidade a histórica ação social franciscana.
Reunidos em Capítulo (Assembleia) no ano de 2012, os frades aprovaram o redimensionamento do Secretariado da Evangelização (órgão que coordenada os trabalhos de evangelização da Província) compondo-o em cinco frentes: paróquias e Santuários, educação, comunicação, solidariedade para com os empobrecidos e missões. Neste novo contexto organizacional o Sefras passa a compor uma das cinco frentes de evangelização: a Frente de Solidariedade para com os Empobrecidos. O trabalho social passa a ser reconhecido como uma ação inerente à evangelização.
No ano de 2014 foi aprovada a lei nº 13.019 que entrou em vigor no ano de 2016. É a lei popularmente conhecida como de “Marco Regulatório das Organizações Sociais”. Esta nova regulamentação, de iniciativa popular, tem como objetivo dar maior segurança jurídica as inúmeras organizações da sociedade civil. Organizações que tem suas origens em pessoas que, sensíveis às demandas sociais se dispõem a desenvolver atividades que vão desde o alívio ao sofrimento humano até a promoção da vida com dignidade. O Sefras encontra-se entre as milhares de organizações de todo o Brasil que foram contempladas com esta legislação.
Enfim, a marca das pegadas da presença franciscana é significativa nas possíveis compreensões da palavra “periferia”. Desde as geográficas até as existenciais como: crianças e adolescentes, juventude, idosos, população de rua, catadores de recicláveis, encarcerados, migrantes e portadores de HIV/Aids. Hoje o Sefras conta com 11 Serviços, em três Estados da federação, com capacidade média de 1600 atendimentos diários.
É importante destacar ainda, que esta visão encontra plena ressonância com a leitura que o Papa apresenta de São Francisco na Laudato Si. Ele procura recuperar a história e a imagem do Santo de Assis, vinculando com os desafios do presente: “Nele se nota até que ponto são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a paz interior. O seu testemunho mostra-nos também que uma ecologia integral requer abertura para categorias que transcendem a linguagem das ciências exatas ou da biologia e nos põem em contacto com a essência do ser humano. (…)Esta convicção não pode ser desvalorizada como romantismo irracional, pois influi nas opções que determinam o nosso comportamento. (…) A pobreza e a austeridade de São Francisco não eram simplesmente um ascetismo exterior, mas algo de mais radical: uma renúncia a fazer da realidade um mero objeto de uso e domínio.” (LS, &10,11, grifos nossos). Nisto consiste a solidariedade franciscana.